BOLETIM INFORMATIVO Nº 970

FORMAÇÃO DE LEITORES
Dia 15 de setembro, sexta-feira, um grupo de 78 coordenadores pedagógicos da rede municipal de ensino participa de um curso de Formação de Leitores promovido pela Semed. Eles serão distribuídos em três grupos, sob a coordenação das professoras Margarida Oliveira Rocha, Maria da Conceição Pereira e Arley Oliveira. As palestras serão realizadas na Casa do Professor, Biblioteca do Professor e auditório da Semed.
A professora Maria da Conceição disse que o curso é importante para que os coordenadores pedagógicos da rede desenvolvam projetos de leitura que incentivem os professores a mobilizarem os alunos para leitura, quer seja em sala de aula quer seja em casa.
Segundo Conceição, dados de pesquisas recentes mostram que quase metade dos entrevistados com escolaridade mínima de 4 anos estão excluídos das práticas sociais de leitura, apesar do tempo em que passaram na escola. Esses dados refletem a dificuldade de acesso dos alunos e da comunidade escolar à escrita, leitura e demais manifestações culturais. Para a professora Conceição a ausência de espaços de convivência com a leitura e outras manifestações culturais restringe as possibilidades de acesso dos alunos da rede pública aos bens culturais. “Então, vamos incentivar, inclusive, a leitura em voz alta. Quem não gosta de ler, pode gostar de ouvir. Uma coisa estimula a outra”.
TREINAMENTO EM ESPELEOLOGIA
Nos dias 7 e 8 de setembro, onze pessoas participaram de um treinamento especial em espeleologia, na região de Carajás, coordenado pelo presidente da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM) e fundador do Grupo Espeleológico de Marabá (GEM), Noé von Atzingen e mais três participantes do GEM, Maria Belém Furtado, Magnun Rodirgues e Claudiomar Borges.
O grupo formado por três estudantes do último ano de Agronomia; quatro de Ciências Naturais e três pré-vestibulandos foi avaliado pela equipe do GEM e apenas uma pessoa não está apta a realizar as atividades de campo, por falta de condicionamento físico e também porque ela mesma na se sentiu preparada.
Noé disse que os estudantes que receberam o treinamento, participaram anteriormente de um curso introdutório de Espeleologia e vão ajudar nas pesquisas espeleológicas na região de Carajás.
O GEM atua no Pará, Maranhão e Tocantins e é hoje o único grupo espeleológico da região Norte. O grupo está registrado pela Sociedade Brasileira de Espeleologia, sob o nº 99.
CAMPEONATO DE VÔLEI
A primeira rodada do campeonato de vôlei promovido pela Secdetur no Ginásio Poliesportivo da Folha 16, ocorreu no final de semana, 9 e 10 de setembro. No dia 9, enfrentaram-se os times: Leões de Judá x CSSM (3x2); Liberdade e Estrangeiros (3x1) e Calmar x Clube da Vale (3x1) e no domingo, 10, os jogos foram: Cidade Nova x CSSM (3x2); Clube da Vale x Estrangeiros (3x1); Liberdade x Calmar (3x1). A próxima rodada do campeonato será nos dias 23 e 24 de setembro.
RAIVA ANIMAL
O descaso da população de Marabá para com a vacinação animal poderá causar sérios prejuízos à saúde humana. Em cinco casos de raiva registrados na cidade em poucos meses, constatou-se que nenhum desses animais foi vacinado, embora a Secretaria Municipal de Saúde disponibilize duas campanhas anuais e tenha um posto fixo permanente de vacinação de cães e gatos no CCZ – Centro de Controle de Zoonoses.
O medo dos técnicos do CCZ é que esses animais doentes tenham atacado pessoas que não identificadas, que ignoraram a gravidade do e por isso não procuraram um centro de saúde para orientação e tratamento, venham apresentar os sintomas da doença, o que pode ser tarde de mais.
Diante dessa situação, os técnicos da CCZ orientam para que alguma pessoa agredida por cachorro procure o centro de saúde mais próximo, para receber informações necessárias quanto o controle da raiva e ser medicado.
Dentre os trabalhos que estão sendo providenciados para o controle da raiva animal está o bloqueio de focos, através da vacinação em massa de cães e gatos, num raio de 5 quilômetros a partir da área do acontecimento doença. Neste caso, todos os animais do núcleo Nova Marabá serão vacinados. Na quarta-feira, 12, as equipes de vacinação estão vasculhando as folhas 13, 21, 27, 28 e 29, por isso, pedem aos donos de animais que os mantenham em casa e deixem alguém na residência para receber os agentes de endemias que estão vacinando esses bichos.
É bom lembrar que os animais de rua não serão vacinados, mas sim capturados e levados para o CCZ e só serão liberados mediante o pagamento de multa e assinatura de termo de responsabilidade.
Os cinco casos de raiva aconteceram nas folhas 6, 7, 20, 23 e no loteamento Vale do Itacaiúnas. Outros quatro casos ainda precisam de confirmação, mas segundo o veterinário Nagilvan Amoury, todos esses animais são clinicamente suspeitos de estarem com raiva.
CONTROLE DA ÁGUA
A Secretaria Municipal de Saúde através da Divisão de Vigilância Ambiental (DVA) está executando em Marabá, desde janeiro de 2005, um programa denominado Vigiágua – Vigilância em Saúde Ambiental Relacionado à Qualidade da Água – cujo objetivo é implementar um conjunto de ações com propósito de avaliar toda água servida à população, cujo padrão de qualidade deve obedecer às normas estabelecidas na legislação vigente (Portaria MS nº 518/ 2004). A Cosanpa – Companhia de Saneamento do Pará – está negociando com a DVA, sob mediação do Ministério Público do Estado (MPE), uma maneira de melhorar a qualidade da água servida aos munícipes.
Para tanto, a DVA está realizando cadastros, monitoramento e inspeções sanitárias relacionado a todas as formas de abastecimento de água no município. Este recente setor da área de saúde atua articulado a outros órgãos e instituições, sendo que no momento tem atuado mais junto a Cosanpa, no sentido de sugerir àquela concessionária a adotar medidas que venham melhorar seu processo de captação, tratamento e distribuição de água à sua clientela.
Com vista à análise dos procedimentos da Cosanpa, a DVA procedeu duas inspeções no sistema de abastecimento, situado na Nova Marabá, sendo a primeira em abril e a segunda em agosto deste ano. As deficiências apresentadas no segundo relatório são praticamente as mesmas detectadas no primeiro levantamento, o que significa dizer que no período de quatro meses nenhuma medida foi tomada para sanar as irregularidades existentes naquela estação de tratamento de água.
Diante dessa situação, na manhã de ontem (11) estiveram reunidos no Ministério Público Estadual o gerente regional da Cosanpa, José Ronildo Farinha; o responsável técnico da empresa, engenheiro Rubens Chaves Rodrigues; e a coordenadora da DVA, Thays Cristina Mesquita, para encontrar uma saída com vista ao cumprimento das sugestões da Vigilância Ambiental.
Segundo Thays Mesquita, não foi fechado nenhum acordo entre as partes, o Ministério Público pediu mais tempo para a emissão de um parecer, a partir dos relatórios da DVA e Cosanpa, ficando marcada nova reunião para a próxima segunda-feira, 18, quando provavelmente será dado prazo de 60 dias para a empresa sanar os problemas verificados pela saúde.
Ainda de acordo com Thays, caso a concessionária de água não cumpra o que for pactuado entre as partes, a questão poderá resultar na assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que é um instrumento com força de título executivo extrajudicial, que vai estabelecer obrigações e condicionantes técnicos que deverão ser rigorosamente cumpridas.
Cosanpa garante investimentos
Segundo José Ronildo Farinha, a Cosanpa está investindo na melhoria do Sistema, tendo ajustado, no final de julho, a cloração da água, a partir da aquisição de um novo dosador, visto que o anterior, por ser muito velho, não fazia o trabalho com precisão.
A empresa, ainda de acordo com Ronildo, vai instalar um laboratório físico/químico para as análises internas da água, com objetivo de cumprir o que determina a portaria 518/2004, que trata da potabilidade do produto, o que irá ajustar, dentre outros problemas, a turbidez da água.
No que tange à coleta de amostras e análise do produto fora da Cosanpa, está sendo realizada uma licitação para escolha de um laboratório particular, visando a terceirização desse importante serviço, porque muitas vezes a contaminação da água acontece por outros fatores ao longo da tubulação, reservatórios e cisternas, embora saia em perfeitas condições da estação de tratamento.
COMÉRCIO DE CARNE
Com a presença de açougueiros, proprietários de matadouros e autoridades ligadas ao abate e comercialização de carne, aconteceu nesta segunda-feira, 11, o I Seminário Sobre Abate e Comercialização de Carne Bovina de Marabá, no auditório Eduardo Bezerra, da Secretaria Municipal de Saúde. O evento foi coordenado pela Divisa – Divisão de Vigilância Sanitária – em parceria com outros órgãos responsáveis pelo controle do abate e venda de carne bovina, como Adepará e Secretaria Municipal de Agricultura.
O seminário é o primeiro passo no sentido de conseguir um produto mais saudável ao consumidor, convergindo todos os matadouros clandestinos para um abatedouro, fazendo com que toda a carne bovina a ser consumida no município passe inspeção sanitária.
Segundo o secretário Municipal de Saúde, Pedro Correa Lima, sendo Marabá um grande município, não é mais possível conviver com o sistema de abate e comercialização de carne bovina vigentes, por isso louvou a iniciativa da Divisa e agradeceu a participação de todos que compareceram ao evento.
O primeiro palestrante, o veterinário Roger Lobo, integrante da equipe da Divisa, falou sobre a legislação vigente, destacando às leis federais, estaduais e do município, que orientam para a produção de alimentos seguros, o licenciamento dos açougues e o dever de polícia da Vigilância Sanitária para ver cumpridas essas normas em benefício da comunidade.
Roger destacou ainda o serviço de inspeção da carne bovina nas três esferas e deu dicas para reconhecer um produto inspecionado, o qual deveria conter a origem do produto, o carimbo de inspeção e está devidamente acondicionado em balcão frigorífico.


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