12 setembro 2007

BOLETIM INFORMATIVO Nº1189

GESTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA

Embora não se tenha os números reais de Marabá, porque a fato acontece em praticamente todas as casas de saúde do município, certo é que a gravidez precoce, abaixo dos 18 anos, atinge uma grande quantidade de jovens. O Crismu – Centro de Referência Integrada à Saúde da Mulher –, neste período, acompanha a gravidez de uma menina de apenas 11 anos, vítima de estupro de seu padrasto. Na mesma casa de saúde, também há meninas de 12 a 17 anos em pré-natal.

Para a enfermeira Joelma Sarmento, coordenadora do Crismu, a cultura do marabaense admite a gravidez na adolescência como algo comum, na faixa etária dos 15 aos 17. Porém, existem casos bem mais precoces e que são perfeitamente assimilados até mesmo pelos pais. Ela cita um episódio que exemplifica muito bem esta situação: Em vez de preocupada, uma mãe chegou radiante de alegria ao centro de saúde dizendo que veio trazer a filha, de apenas 14 anos, para iniciar o pré-natal.

A enfermeira observa que engravidar na adolescência, quando os órgãos reprodutores ainda estão em formação, é um risco muito grande à saúde da mulher, não só pelo fato de aumentar a possibilidade de um parto mal sucedido, inclusive com eclampsia, mas também porque a maioria não utiliza preservativo, expõe o corpo às doenças sexualmente transmissíveis como Aids e HPV, este último pode desenvolver câncer do colo do útero.

Também segundo Joelma, essas grávidas só procuram recurso médico em adiantado estado de gravidez, a partir do 4º mês de gestação. “Elas seguram a barriga o quanto podem para evitar constrangimento a elas e à própria família. Por isso, têm atendimento diferenciado no Crismu, com acompanhamento de psicólogo e assistente social”.

Pesquisa Nacional em Demografia e Saúde, de 1996, mostrou um dado alarmante: 14% das adolescentes tinham pelo menos um filho e as jovens mais pobres apresentavam fecundidade dez vezes maior. Entre as garotas grávidas atendidas pelo SUS no período de 1993 a 1998, houve aumento de 31% dos casos de meninas grávidas entre 10 e 14 anos. Nesses cinco anos, 50 mil adolescentes foram parar nos hospitais públicos devido a complicações de abortos clandestinos. Quase três mil na faixa dos 10 a 14 anos.

Também segundo a pesquisa, a atividade sexual da adolescente é, geralmente, eventual, justificando para muitas a falta de uso rotineiro de anticoncepcionais. A grande maioria delas também não assume diante da família a sua sexualidade, nem a posse do anticoncepcional, que denuncia uma vida sexual ativa. Assim sendo, além da falta ou má utilização de meios anticoncepcionais, a gravidez e o risco de engravidar na adolescente podem estar associados a uma menor auto-estima, a um funcionamento familiar inadequado, à grande permissividade falsamente apregoada como desejável a uma família moderna ou à baixa qualidade de seu tempo livre.

De qualquer forma, o que parece ser quase consensual entre os pesquisadores, é que as facilidades de acesso à informação sexual não tem garantido maior proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e nem contra a gravidez nas adolescentes.

AVANÇO DA AIDS EM MARABÁ

A Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) segue fazendo vítimas em Marabá a cada mês. Em agosto, por exemplo, mais oito pessoas iniciaram tratamento no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA). E embora não haja registro de óbitos no mês em referência, mais de cinco pessoas já morreram no município este ano em conseqüência da doença.

Segundo a coordenadora interina do CTA, Gleicimar Lima, existem 293 pessoas adultas cadastradas com HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) em Marabá, sendo 183 homens e 110 mulheres. Há também 12 crianças, de zero a 12 anos, estando três delas em tratamento. A medicação é ministrada de acordo com a carga viral do paciente. Muitas pessoas têm o HIV, mas ainda não têm quaisquer conseqüências, embora sejam potenciais transmissoras do vírus.

Nos primeiros anos de registros da Aids no Brasil havia grupos de risco (drogados e homossexuais, por exemplo) e a maior quantidade de vítimas era do sexo masculino. Agora, de acordo com o último relatório do CTA, quatro pessoas foram notificadas com HIV, sendo dois homens e duas mulheres. Dos oito que começaram tratamento no mês de agosto três eram homens e das cinco mulheres uma está gestante.

Além de aconselhar, testar, notificar e fazer tratamento, o CTA tem uma série de atribuições no combate a disseminação do HIV no município. Em agosto, por exemplo, foram distribuídos 8.736 preservativos, sendo 4,99 mil só para portadores de HIV, além de um total de 97 palestras educativas, sendo 82 na própria unidade e 15 externas.

Também o relatório do CTA registrou cerca de 1.640 atendimentos, sendo 224 por médicos; 140 de enfermeiros; 564 social; 153 psicológicos e 559 através de auxiliares de enfermagem.

AVALIAÇÃO DE PORTUGUÊS E MATEMÁTICA

Os diretores e coordenadores pedagógicos da rede municipal de ensino que participam do Programa de Gestão de Aprendizagem Escolar (Gestar) em Língua Portuguesa e Matemática, em Marabá, estão fazendo o estudo de matrizes de avaliação a serem aplicadas aos alunos do 5º e 9º ano. Hoje, 11 de setembro, o estudo é realizado para professores do núcleo Nova Marabá, na Escola Luzia Nunes. No dia 12 será na Escola Elinda Costa, na Cidade Nova e dia 13 será na Escola José Mendonça Vergolino, na Velha Marabá.

A coordenadora de ensino/Semed, Vera Froz, disse que o estudo das matrizes de avaliações dos alunos do 5º e 9º ano está sendo realizado para que as escolas não sejam pegas de surpresa quanto às avaliações do MEC que serão aplicadas no final do ano. “As avaliações têm um comando que necessitam de uma leitura crítica. Não são apenas de responder ou marcar objetivamente”.

O Gestar é um programa de formação continuada na modalidade presencial e semipresencial para capacitação de professores de 1º ao 9º ano das disciplinas Matemática e Língua Portuguesa, orientado pelo MEC, com abordagem de uma nova metodologia para ensinar aos alunos.

ESCOLA DE MÚSICA RECEBE VERBA DA CVRD

A Escola de Música Moisés Araújo, da Fundação Casa da Cultura de Marabá, recebeu da CVRD o valor de R$ 38.294,00, para a aquisição de instrumentos de sopro. A verba foi doada para custear o projeto “Doe esperança, mudança e vida através da música”.

A coordenadora da Escola de Música, Júlia Lino, está satisfeita com a doação. “Estamos começando a colher frutos de nosso trabalho. Nós nos dedicamos ao máximo para que os alunos aprendam que a música pode mudar suas vidas para melhor”.

ATENDIMENTO NO PROCON

O serviço de Proteção ao Consumidor (Procon/Marabá) faz uma média de quatro audiências diárias, de oito ao meio-dia, sob orientação da assessoria jurídica do órgão. Somente no primeiro semestre foram recebidas 2103 reclamações em Marabá. A sede do Procon fica no Saci (Serviço de Atendimento ao Cidadão) - 3º piso do Centro Administrativo da Prefeitura.

Segundo a coordenadora do Procon, Mariléa Oliveira, a maioria das causas são resolvidas nas audiências internas. “Poucas são as situações que precisam ser encaminhadas ao Juizado de Pequenas Causas”.

Uma das orientações que o Procon dá aos consumidores é que nunca assinem nenhum contrato, mesmo que seja de adesão, sem ler as cláusulas. Caso haja alguma cláusula abusiva, que beneficie apenas os fornecedores, a pessoa pode denunciar pelo fone 1512.

Outra importante dica é nunca jogar fora notas fiscais e de serviços ou documentos referentes à garantia do produto, durante o prazo de garantia.

DOCUMENTOS PARA LEVAR AO PROCON

Ao procurar o órgão é importante ter em mãos: Documentos Pessoais; Comprovantes da Relação de Consumo (Notas Fiscais, Tíquetes, Contratos, Recibos, Papeletas de Cartões de Crédito, Guias de Pagamentos, Orçamentos, etc.) e se possível, peças publicitárias (folhetos, panfletos, encartes, vídeos, etc.).

A coordenadora do Procon, Mariléa Oliveira, informa que o prazo para o consumidor reclamar do vício do produto ou serviço é de: 90 dias para produto ou serviço durável. Ex: Eletrodoméstico e prótese dentária; 30 dias para produto ou serviço não durável. Ex: alimento e excursão.

Esses prazos serão contados a partir do recebimento do produto ou término do serviço. Se o vício não for evidente, dificultando sua identificação imediata, os prazos começam a ser contados a partir do seu aparecimento. Ex: ferrugem sob pintura.

PREFEITURA DE MARABÁ

Assessoria de Comunicação Social - Folha 31 – Paço Municipal - Nova Marabá.

CEP 68.508-970 - (94) 3322-1140

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Agenor Garcia, J.B.Silva e Vânia Gurgel

Jornalistas

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